A manifestação do arcebispo de Recife e Olinda (Pe), Brasil, que condenou o aborto legal da gravidez de uma menina de 9 (nove) anos, estuprada por seu padastro, é absolutamente lamentável, e nos remete à época obscura da Igreja Católica, onde, em nome de falso moralismo, fruto de dogmas exacerbados, barbaridades foram cometidas, sem chances de defesa aos que ousavam desafiar os conceitos doentios de então.
Tenho convicção de que não foi essa a lição que nos legou o Nazareno, onde a compreensão, a tolerância e o bom senso estão presentes, em total antítese ao julgamento descabido de autoridades eclesiásticas a exemplo da ora referida.
Que esses fanáticos sejam combatidos, pois suas teses absurdas só servem para fomentar a miséria, principalmente em países do nosso perfil.
Se situações como a que ocorreu com a pobre garota causa tanta indignação à Igreja, que a mesma assuma então a mantença dessas criaturas, sustentando-as com a riqueza incalculável que dispõe, ao invés de condenar um ato de grandiosidade e justiça, como o que foi praticado no caso em comento.
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