O ministro da Justiça, Sr. Tarso Genro insiste em afirmar que o Sr. Cesare Battisti é um criminoso político, e, nessa qualidade, não deveria ser extraditado.
Tal entendimento, salvo melhor juízo, se baseia no fato de que os crimes praticados pelo Sr. Battisti, são frutos de uma situação de excepcionalidade, ou seja, o agente os consumou, obteve os resultados pretendidos, causando a morte de alguém, mas isso não pode ser comparado a um crime comum.
Se formos julgar pelo ponto da exceção, os nazistas também não poderiam ter sido condenados, já que cometeram crimes sob estado de guerra, e não foi isso que decidiu o tribunal de Nuremberg.
Sr. Tarso, sabemos o quanto o senhor e o nosso presidente são intransigentes defensores de atos relacionados à organizações de esquerda, mas os que perderam a vida, pelas mãos do Sr. Battisti, não tiveram sequer o direito de avaliar se, sendo vítimas de crime político, teriam amenizado seu sofrimento.
Na verdade, eu pergunto, qual a diferença de ser assassinado por um criminoso político ou por um comum, se o resultado é o mesmo?
Talvez V.Exª., que encontra explicações para os mais absurdos acontecimentos que envolvem as ações do governo a que pertence, tenha a resposta capaz de confortar as famílias das vítimas do indigitado algoz.
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