DESENCANTO
Não me condenem se estou calado
não me interessa propagar a dorno meu silêncio de amargura eivado
eu me abrigo desse desamor
Tal qual um pássaro que ferido em voo
cai solitário sobre a relva densa
dentro do peito já não mais ecoo
meu velho grito de revolta intensa
Se eu não pude ter o que queria
se me faltaram forças para a luta
quem me conhece decerto sabia
que minha sorte era prostituta
Hoje cansado e sem esperança
de ter um colo pra abrigar meu pranto
quero apenas ter a elegância
de aceitar fadado desencanto


Nenhum comentário:
Postar um comentário