Esta nova seção registrará contos e crônicas de minha autoria, que espero agrade aos meus leitores.
Inaugurando a referida, a crônica " SESSÃO DE GALA'', a saber:
SESSÃO DE GALA
Ela surgiu caminhando desapressadamente, levando pela coleira seu simpático cãozinho.
Eu estava sonolento, já me preparando para deitar, mas aí fiquei ligado.
Cabelos longos e pretos, como outrora usados por minha esposa, a mulher encantadora vestia uma blusa de seda na cor cinza, saia justa e florida, em tons cinza e rosa.
Nos pés, sensualmente delicados, sandálias estilo tropical, com penduricalhos coloridos.
Usava óculos, que lhe conferiam um ar professoral, sem, todavia, esconder a beleza de seus olhos azuis.
A boca vermelha e tentadora, lembrava uma rosa à espera do beijo suave da brisa. Linda! definitivamente linda, obrada pela natureza.
Daí em diante passei a acompanhar sua trajetória, curtindo seu jeito meigo, desprotegido e virginal.
No decorrer da trama, constatei que se apaixonara, perdidamente, pelo bonitão da agência de autos, que, verifiquei adiante, tratar-se de um aventureiro.
Não obstante, formavam um belo casal, intensamente apaixonado, razão pela qual julguei que terminassem juntos e felizes, mas ele não fez por merecer.
Ao se separarem, após o tórrido romance, ela se foi desapressadamente, revelando, no entanto, a imensa tristeza que sentia.
Eu, que a tudo assistia, sem poder interferir, embora muito o desejasse, lamentei o desfecho do romance.
Bolas, foi apenas um filme. Por que tanto envolvimento?
De fato parecia uma grande tolice, mas então me lembrei do pensamento de um escritor americano, chamado James Branch Cabell, que li numa revista de variedades, que dizia " os homens estão sempre perto de acreditar no que desejam."
Glória, a personagem, era uma mulher encantadora, um sonho e, pensando bem, não é gostoso sonhar?
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