O asilo político concedido pelo governo brasileiro ao Sr. Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, articulado, segundo algumas opiniões, com a parceria de Hugo Chávez, é, a meu ver, uma faca de dois gumes.
Asilos políticos são normais, dependendo das circunstâncias. O de Zelaya, também o seria, caso o referido não fizesse de nossa embaixada em Honduras, plataforma política de seus intentos.
Uma coisa é um país dar abrigo a um perseguido político, ou refugiado, ou expatriado, sob grave ameaça, para sua proteção. Outra coisa é abrigar um cidadão que, valendo-se de uma condição de excepcionalidade, a desfruta para objetivos de interesse pessoal.
Como sempre, o Sr. Lula alegou que nada sabia a respeito, como no caso do mensalão e outros do gênero, mas nem seria preciso esquivar-se de responsabilidades, pois sabemos que "companheiros de ideologia", eternos candidatos a ditadores, são para essas ocasiões!
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