sexta-feira, 29 de maio de 2009

Reflexões - A crise e o desemprego

A crise financeira mundial tem feito estragos na vida de muita gente, exceto para nossos governantes e políticos, que continuam enriquecendo às custas de altos salários e falcatruas, e por ela não são afetados.
Todavia, para os demais mortais, o terror de uma demissão é constante, pois além dos estilhaços da crise, correm o risco de ser despedidos, por estratégias mal sucedidas, conchavos pessoais e políticos (muito próprio do governo Lula), implicância e diversos outros interesses.
A história abaixo, que chegou ao meu conhecimento em 2006, serve de perene reflexão, já que pode ter ocorrido na vida de qualquer um, ou poderá vir a ocorrer, senão vejamos:
Todos os dias a formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho.Era produtiva e feliz!
O marimbondo, que era o gerente da firma, estranhou a formiga trabalhar sem supervisão, pois, se era produtiva sem supervisão, com supervisão seria ainda melhor.
Pensando nisso, colocou uma barata que preparava belíssimos relatórios e tinha grande experiência profissional, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar seus relatórios, vindo a contratar, ainda, uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador de última geração, além de uma impressora a laser.
Logo, a formiga produtiva e feliz começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e sucessivas reuniões.
O marimbondo, do alto de sua capacidade de gestão, concluiu que seria também oportuno criar a função de um administrador para a área da formiga, sendo o cargo entregue a uma cigarra que, imediatamente, adquiriu uma cadeira especial e mandou colocar carpete em seu departamento.
A cigarra, diante da importância de seu cargo, logo precisou de um computador e de uma assistente, que trouxe da empresa onde anteriormente trabalhara, para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle orçamentário para a área administrada.
A formiga, vendo aquilo tudo, ficava cada vez mais triste, mais desmotivada.
A cigarra, cheia de prestígio, convenceu o marimbondo da necessidade de se elaborar um estudo sobre o clima.
Entretanto, o marimbondo, revendo as cifras de seu caixa, observou que a unidade na qual a formiga laborava, já não rendia como antes e decidiu contratar uma coruja, prestigiada consultora para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses na empresa, e acabou por emitir um extenso relatório, onde concluía: "há muita gente nesta empresa."
O marimbondo, ao tomar conhecimento do relatório, decidiu então teria que demitir alguém e... , claro que foi a formiga, sob a singela alegação de que esta já não rendia como antigamente.
Moral da história: a corda arrebenta sempre no lado do mais fraco!
A demissão injusta, prevista na legislação trabalhista, é um direito do empregador, e por ser injusta, o demitido é indenizado, e fica por isso mesmo.
O manto da demissão sem justa causa, encobre a falta de ética de muitos empregadores, a desumanidade e a canalhice dos que se arvoram no direito de decidir sobre o destino das pessoas, quase sempre pelo pavor de que descubram que são, eles mesmos, os verdadeiros incompetentes.

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