Sou defensor do respeito aos direitos humanos, mas tenho observado, já há algum tempo, que estão ocorrendo distorções quanto ao alvo desta conquista.
Hoje, aqui neste país, qualquer cidadão de bem, possui menos direitos do que os infratores da lei e da ordem pública.
O caso dos rapazes que invadiram um imóvel de propriedade do exército, para fazerem uso de tóxicos, é um claro exemplo de distorção, visto que, de infratores ( invasão de domicílio, utilização deliberada de drogas), passaram a vítimas, porque, segundo foi noticiado, foram submetidos à tortura.
Ninguém, em sã consciência pode ser favorável à tortura, à justiça pelas próprias mãos, pois, para a punição de delitos, existem mecanismos legais, que, no caso, segundo o noticiário, não foram observados.
Ocorre que a notícia dos maus tratos a que foram submetidos os citados rapazes, tomou uma dimensão um tanto exagerada, abrindo perigoso precedente para os que, a exemplo dos citados, vivem a cometer delitos, afrontando a lei, a ordem, as autoridades e os cidadãos de bem, apostando, certamente, num eventual e inaceitável exercício arbitrário das próprias razões, como o praticado pelos soldados do exército, para, mais adiante, amparados por manifestações bem intencionadas dos que abominam a tortura ( e eu me incluo), continuarem a praticar delitos e até mesmo a pleitear indenizações de reparação por danos.
Milhares de trabalhadores, chefes de família, pessoas de conduta irrepreensível têm sido diariamente assassinados, massacrados e ultrajados pela bandidagem, pela vagabundagem, sem que os eventos pertinentes consigam escandalizar de forma tão marcante os intransigentes defensores dos direitos humanos.
Tortura? Jamais! Mister se faz, no entanto, que sejam cuidadosamente avaliados casos à espécie, para que não ocorram exageros, propiciando aos oportunistas de plantão, se arvorarem em detentores absolutos da verdade, acima do bem e do mal, para condenarem e exigirem punição exemplar dos possíveis culpados, quando se sabe que o objetivo maior dessa gente é aparecer na mídia, plantando sementes a serem futuramente colhidas, única e exclusivamente, em benefício próprio.
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